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O futuro da mídia

Não é de hoje que se debate o desgaste da força da mídia impressa em detrimento da evolução da mídia online.  Segundo uma pesquisa divulgada pelo Ibope em 2014, realizada pelo ministro Thomas Traumann, da Secretaria de Comunicação Social, os hábitos de consumo de mídia mudaram de forma veloz; um quarto da população acessa a internet diariamente, numa média de 4 horas por dia, enquanto a mídia impressa passa por uma crise: apenas 6% do público ainda considerada um hábito a leitura de jornais.

 

Há quem diga ainda que um dia a mídia impressa será extinta, cedendo seu lugar à mídia digital. No entanto, há quem tenha a convicção de que isso não irá acontecer. Desde 2013, jornalistas como Mino Carta, diretor de redação da Carta Capital, afirmam que “há uma precipitação na análise sobre o destino sombrio da mídia impressa, a começar pelos jornais diários”. Segundo Mino, a qualidade, confiabilidade e “capacidade de analisar os fatos de uma maneira crível, inteligente, profunda e sem a pretensão de impor as ideias próprias a quem as lê” das mídias impressas será sua salvação. E o dados só confirmam esse argumento. Na Pesquisa Brasileira de Mídia 2014, os internautas não confiam plenamente nas informações procuradas por eles na internet; 53% afirmaram confiar poucas vezes em notícias de sites. As redes sociais foram apontadas como nunca confiáveis para 20% dos entrevistados, e os sites não são críveis para 16% das pessoas.

 

Recentemente, uma opinião de peso veio para complementar o debate. Em março de 2015, Martin Sorrell, fundador e presidente da WPP, maior empresa de publicidade do mundo, declarou que a mídia impressa é subestimada. O presidente afirmou que “há uma discussão acontecendo agora sobre a eficácia de jornais e revistas, mesmo em seus modelos tradicionais, e talvez eles sejam mais eficazes dos que as pessoas estão supondo”. Após tal declaração, Nizan Guanaes, sócio-fundador do Grupo ABC, também se manifestou a respeito: “Não conheço ninguém relevante hoje que não leia jornal, não importa o suporte. Estamos perdendo a perspectiva das coisas. E os jornais e revistas estão sendo subvalorizados”.

 

O profissional de mídia deve sim se prover de dados e estatísticas para determinar o uso das mídias disponíveis. Mas precisa buscar o equilíbrio com a “intuição”, com as suas experiências, erros e acertos. Há esperança para a mídia impressa, sua qualidade e tradicionalidade nos mostram isso. Cabe agora a essa geração publicitária, e às futuras, estudar o uso adequado de cada mídia, usando uma para complementar a outra, e atingir assim seu público de forma eficaz.

 

Por Natália Ramos