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Cobertura

Digital Morning – Parte 1

O Vitamina esteve presente no Digital Morning, na última sexta (30), para o primeiro evento realizado pela IAB Brasil, no Rio de Janeiro, com o apoio do Grupo de Mídia do Rio de Janeiro e a ESPM Rio. Além disso, o evento contou com o a apresentação do jornal O Globo, o portal R7 e a Ignition One.

 

O Digital Morning aconteceu durante uma manhã muito produtiva, onde as trocas de informação e novidades do mercado de mídia digital foram os protagonistas.  Cris Camargo, Gerente de Marketing IAB Brasil, recebeu os palestrantes para o início da primeira rodada de apresentações.

Riza Soares – Native Advertising:uma nova receita ou uma nova embalagem?

 

Com o foco em Native Advertising, Riza Soares, Diretora Geral da Smartclip do Brasil, nos fez uma pergunta: uma nova receita ou uma nova embalagem? Segundo Riza, nos encontramos em um paradoxo, pois é um conteúdo ou uma estratégia que está inserida no território dos publishers?  Na verdade, trata-se de uma forma de publicidade que está mais próxima do consumidor e dos seus anseios. Em meio a torrente das mídias e das diversas plataformas disponíveis, que nos deparamos atualmente, os editoriais com conteúdos publicitários fazem parte da estratégia de aproximação aos hábitos de consumo de informação online. Neste sentido, o Native Advertising nos apresenta diversas formas de construção de marca com o advento do Storytelling. Formas como o sponsored radio, ou a própria branded tv são modalidades de como contar uma história, e que fazem parte do mercado publicitário ao longo de muitos anos. Contextualizada em um editorial ou outros formatos diferentes de conteúdo, o cenário digital oferece inúmeras possibilidades que estão sendo cada vez mais exploradas pelo mercado brasileiro. Diante este cenário, as marcas estão cada vez mais se posicionando neste ambiente. Desta vez, as empresas estão se distanciando de um mercado de commodity da mídia, provocando mídia espontânea, promovendo melhor rentabilidade e, sobretudo, criando experiências para o consumidor. E o futuro nos mostra promissor para este mercado de conteúdo, com o surgimento de novas plataformas, como as SmartTVs, a publicidade se volta para as pessoas e seu objetivo é manter a sutileza ao abordar o consumidor.

 

Eduardo Fleury – Native Advertising

 

Ainda abordando o tema Native Advertising, Eduardo Fleury, VP de desenvolvimento de negócios na e-mídia, apresenta a publicidade que se mostra mais natural, e que oferece experiências de marca ao seu consumidor. Além disso, Eduardo nos mostrou como o mercado funciona neste tipo de projeto. A agência, usualmente, faz o atendimento do cliente e a produção fica por conta do veículo. Portanto, é fundamental uma maior integração entre anunciante, veículo e agência, pois o projeto de Native Advertising demanda, desde já, uma comunicação integrada. Além disso, Eduardo enfatizou que, na estratégia de produção de conteúdo, algumas características são importantes para o sucesso do projeto. Diante este desafio, a relevância, a contextualização, a credibilidade e a transparência das ações podem fazer a diferença nos resultados obtidos. Vale lembrar que os hábitos de consumo de mídia também fazem parte do planejamento de mídia integrado. Segundo Eduardo Fleury, em um cenário de multitelas, apenas 34% dos consumidores de conteúdo prioriza a primeira tela (televisão). Portanto, diante da questão de uma maior integração entre os envolvidos no projeto, o designer e o conteúdo precisam estar alinhados com o editorial da página em questão, e o potencial de engajamento poderá ser mais representativo.

 

Alexandre Ravagnani – Native AD através do ponto de vista do criativo

 

Alexandre Ravagnani, diretor de criação digital e de CRM na Havas, iniciou sua apresentação através de uma indagação: o que é propaganda pra você? A publicidade deve ser relevante para o consumidor, o mesmo deve encarar de maneira natural, menos invasiva. A publicidade enfrenta uma crise de credibilidade, e os canais de comunicação e as linguagens estão sofrendo mudanças constantes. Mas como devemos construir este novo cenário? A publicidade deve fazer a diferença na cabeça do consumidor, não será apenas 30 segundos, esqueça o status quo. Atualmente, o foco da mensagem é a pessoa, e todas as suas potencialidades envolvidas, todas as suas influências na construção do sujeito-consumidor. Neste sentido, o mapeamento de hábitos e a pesquisa são fundamentais para as campanhas publicitárias. O conteúdo deve ser relevante, o storytelling vai avançar ainda mais neste campo e as histórias vão se tornar cada vez mais pessoais, mais reais. É o consumidor no centro de tudo. E este panorama deverá estar relacionado a boas histórias para serem contadas.

 

Projeto Juan

 

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Danone – Porta dos Fundos

 

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Alexandre também nos contou um pouco sobre como o mercado opera diante projetos de Native Advertising, falando sobre como as agências digitais possuem mais gestores para este tipo de projeto de conteúdo online. Segundo Alexandre, as grandes agências terceirizam a execução para as produtoras tradicionais, que por sua vez estão apresentando modelos de rentabilidade inviáveis.

 

Pedro Doria – Cenário digital e o Globo

 

Pedro Doria é editor executivo e colunista do jornal O Globo, e nos falou um pouco do ambiente da redação e o que foi modificado com a chegada de um cenário cada vez mais digital.

 

O Globo entendeu que o mundo, atualmente, é digital e este paradigma mudou tudo na redação. Diante este fato, temos que perceber as mudanças constantes das bases tecnológicas e seus efeitos na produção jornalística. Além disso, o impacto do crescimento da classe média, no Brasil, também influenciou para uma grande mudança na forma de consumir informação, e os níveis de engajamento também sofreram modificações importantes. Percebemos que o ambiente digital concentra muita informação em pouco espaço, e a polarização de informação está influenciando a má qualidade na formação de opiniões. É um paradoxo, pois a multiplicidade de veículos de informação não eliminou a polarização de credibilidade a poucos veículos. Portanto, as opiniões permanecem as mesmas diante dos mesmos veículos. Neste sentido, observamos que a internet possui um grande potencial para levantamento de questões, das mais diversas, e o estímulo de brigas públicas é constante. A radicalização das posições ideológicas são mais claras e estamos cada dia mais mau humorados neste cenário de discussões online.

 

A queda da qualidade da informação é inevitável, pois a criação e o fortalecimento de polos ideológicos estão cada vez mais claros. Vale a pena enfatizar também a queda da qualidade de vida frente ao crescimento do consumo e, por conseguinte, o desenvolvimento de uma nova classe média brasileira.

 

O que mudou na redação:

  • Edição contínua
  • Editoriais – no ritmo do ciclo da notícia
  • Nova organização da redação
  • Um novo desenho

 

Em um contexto de mudanças na era digital e pela briga de audiência, queremos manter nossa credibilidade e oferecer informação.

Amanhã tem mais Digital Morning. Aguardem…