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Publicidade

Dilema Entre a Profusão e a Extinção

By 22/04/2015abril 23rd, 2015No Comments

Washington Olivetto não seria publicitário hoje. Dita fora de contexto, essa simples afirmação pode ser considerada um absurdo. Entretanto, os pneus não costumam furar mais com tanta frequência, como também seria difícil encontrar agência de publicidade com vagas disponíveis. O ano de 2015 apenas começou, mas já revela o problema mais recorrente da profissão: a instabilidade.

 

Sorte termos o fator criatividade.

 

Aliás, é a grande força diferenciadora sobre todas as outras criaturas, responsável pelo domínio que exercemos sobre elas. Porém, ser criativo requer um pouco de loucura. Arnold Ludwig ao analisar a vida de mais de mil personalidades criativas descobriu que problemas psicológicos atingiam 60% dos compositores, 73% dos artistas visuais, 74% dos dramaturgos, 77% dos escritores de ficção e 87% dos poetas. Nós, publicitários, sempre estamos muito próximos do brilhantismo assim como do ridículo e precisamos medir os níveis de razão e emoção em cada criação.

 

Em tempos de diversas mídias, a publicidade tradicional vai perdendo espaço para os meios digitais, a dança das contas assusta mais que os prazos curtos e as agências jogam milhares de ideias no lixo. Captar um segundo da atenção do consumidor se tornou tarefa complicada e torça para ele entender, pois certamente estará mexendo no smartphone e ouvindo uma boa música.

 

Restou apenas a profusão de paixão.

 

Sem paixão, não há criação. E ainda somos apaixonados pelo que fazemos. Talvez, loucos. Estamos preparados para enfrentar mais um ano, informar e criar coisas legais. Afinal, somos a nova mistura da propaganda.

 

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Por Mateus Queiroz

 

 

Referência bibliográfica:

XAVIER, Adilson. O deus da criação. Rio de Janeiro: BestSeller, 2007. 32 p.