Quer uma pista para o Gigantes da publicidade de hoje? Rock in Rio.
Tá ansioso(a) pra data? Tá chegando né! Metallica, John Mayer, Beyoncé… Então, quem contrata eles? Se você respondeu (e eu sei que você respondeu) Roberto Medina, parabéns você acertou.
Se tem um publicitário que consegue ser amado e odiado ao mesmo tempo é ele. O Gigante criou o maior festival de música de todos os tempos (pelo menos pra gente né?), pediu pra entrar pra história… No entanto, é bem odiável quando sua banda favorita não é escalada para a atração. Bom, sem mais enrolação e sem perder o foco com o RIR (#tachegando) vamos falar dele.
Roberto Medina, é carioca, publicitário e empresário – carreira que herdou de seu pai -, diz, em seu livro ”Vendedor de Sonhos”, ser capaz de acreditar em coisas que parecem inimagináveis, e torná-las possíveis. Com esta visão de acreditar no impossível, ficou conhecido no mercado em 1980, quando trouxe Frank Sinatra em uma campanha de uísque.
O gigante começou no mundo da propaganda ao trabalhar na house que cuidava da rede de lojas de eletrodomésticos de seu pai. Embora seja conhecido como fundador da Artplan, Medina entrou na agência, ainda muito pequena, em 1968, como RTVC. Apenas em 1972 ele compraria a Artplan, que se tornaria a maior agência publicitária carioca do país. Dentre as muitas ações que ganharam reconhecimento, o publicitário idealizou ainda um movimento social o Reage Rio, na década de 90, uma caminhada que reuniu 700 mil pessoal de branco, pedindo menos violência.
Porém impossível falar de Medina sem citar o festival, este que faz parte parte da história do publicitário. Bem, lá vai a história: Idealizado em 1984, após discutir com sua esposa sobre a possibilidade de mudar do páis por estar insatisfeito com a política da época, e esta ter dito que eles não poderiam se mudar do país antes de ele fazer uma grande feito pelo Brasil – nesta noite se idealizou o festival.
E quando a Brahma veio com a proposta de rejuvenescimento da marca de chopp que andava caída, a ideia foi lançar uma cerveja, focada no público mais jovem, e assinar “qualidade Brahma”. Assim, os atributos de modernidade seriam transferidos de forma mais natural. Nascia a Malt 90.
Com a Malt 90, que foi um sucesso e conseguiu alcançar 14% de mercado, veio a proposta de realização do Rock in Rio, que reforçaria este posicionamento jovem da marca.
O Rock in Rio era uma ideia no mínimo louca visto sua concepção: não havia local, os ingressos tinham custo baixo se comparados a modelos internacionais e tinha o desafio de trazer artistas internacionais. Após muito trabalho e investimento o empresário e empreendedor conseguiu não só realizar o festival em 85, como transformá-lo num case de branding de sucesso.
O Rock in Rio deixou de ser apenas o maior festival de música do Brasil, para ser uma marca. E ainda ganhou as edições Lisboa e Madri. O grande exemplo, dos sonhos inimagináveis de Medina, e que ele sabe tornar possíveis.
Por Carolina Dellivenneri