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Cobertura

Mix de Mídia: as Networks e o modelo de negócio no Youtube

Os canais do Youtube foram parte do protagonismo no último bate papo do Mix de Mídia (10), evento realizado pelo Grupo de Mídia do Rio de Janeiro.  Mas o principal tema abordado foi o modelo de negócios que está desenvolvendo e promovendo o crescimento de muitos canais no Youtube  –  networks.

 

E nada melhor para um bate papo descontraído do que alguns nomes do entretenimento que dominam esta novidade. Para nos contar mais sobre este modelo de negócios, o mediador e diretor de comunicação do GMRJ, David Coelho, recebeu Antonio Tabet, do canal Porta dos Fundos, Alexandre Ottoni e Deive Pazos (@azaghal), do canal Jovem Nerd e Igor Lima, Head of Industry do Youtube.

 

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O tradicional mercado de mídia ainda quer entender o modelo de negócios, e os produtores de conteúdo são os porta-vozes deste formato que vem apresentando bons resultados para os clientes. É interessante observar as características das networks, pois elas bebem da fonte da  “Cauda Longa”, famosa tese de Chris Anderson, com o artigo publicado na revista Wired em outubro de 2004. A cauda longa conta muito sobre o mercado de conteúdo no Youtube, cada vez mais segmentado e, portanto, com uma grande capacidade de oferecer publicidade direcionada a um público específico, os quais as marcas procuram atingir em diversos planos de mídia. Diante esta oportunidade, as empresas entenderam que este ponto de contato deve fazer parte do mix de mídia, com um público-alvo que possui grande potencial de engajamento, além de diversas oportunidades em roteiros e linguagens que fogem ao status quo.

 
E as Networks chegaram neste mercado para fomentar o desenvolvimento de conteúdos, cada vez mais diferenciados, através do investimento em qualidade. O objetivo é solidificar conteúdos que atraiam a audiência engajada, e, segundo @azaghal, instigar os youtubers a criar novos formatos. Antonio Tabet, do Porta dos Fundos, também pontuou que a produção deve ser inovadora, com um formato alternativo às mídias tradicionais. Além disso, Tabet também prevê o sucesso das webséries no curto prazo: “ As pessoas baixam séries de TV e assistem no PC. Falta muito pouco para as webséries emplacarem. Não existe aquela coisa de que no Youtube só funciona vídeo curto”.

 

O canal Jovem Nerd, que faz parte da network  Amazing Pixel, é um exemplo de sucesso. Mas a dupla de nerds, que faz parte de um seleto grupo de pessoas mais influentes na internet brasileira, segundo a revista Galileu, contou para o público do mix que o modelo de Network facilita a compra de mídia. Isto é explicado pelo simples fato de simplificar o portfolio de canais, de forma que os segmentos são apresentados em diversos temas e as redes de canais são especializadas em cada tipo de assunto. Além disso, a internet possibilita maior mensuração dos resultados e de maneira instantânea. @azaghal também lembrou, segundo pesquisa, que a TV passou a ser a segunda tela para o brasileiro, pois nós estamos consumindo e passando mais tempo diante dos tablets e smartphones.

 

 

O Crescimento vertiginoso de canais e networks no Brasil apresenta um cenário promissor para o Youtube. Segundo Igor Lima, a expectativa é que em pouco tempo o Youtube Space chegue ao Brasil com força, pois nosso país oferece grande audiência, e ainda maior potencial de crescimento para a plataforma. Portanto, o Youtube irá oferecer maior suporte ao mercado brasileiro.

 

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Vamos observar os movimentos do mercado. Além de todo o cenário vigente, devemos olhar para o crescimento de vendas das Smart TVs, e o possível acirramento na oferta de conteúdos disponíveis para um número maior de pessoas. A segmentação da audiência é inevitável e a publicidade brasileira vai caminhar na direção das mudanças neste sentido. Agora vamos observar como este mercado ocupa o seu lugar.
 
Por Vinícius Amantéa e Giovanni Pastore