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Por dentro das novidades do CONAR

By 24/06/2015julho 15th, 2015No Comments

Nas últimas semanas, o CONAR, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, vem apresentando uma agenda cheia e seus conselheiros tiveram algumas decisões a tomar, começando pelo meio automotivo, passando pelos iogurtes e chegando ao varejo.

Para começar, uma briga de gigantes. Fiat e General Motors trocaram denúncias, e nessa a italiana saiu perdendo. A Fiat, que em 2014 foi líder de vendas no Brasil, alegou que a campanha da GM se intitulando “líder de vendas de veículos no varejo” confundia os leitores. Dá até para lembrarmos dos comerciais de pasta de dente, que todas as marcas são as mais indicadas entre 9 de 10 dentistas. O CONAR, após votação, decidiu por arquivar o caso, uma vez que a maioria acredita que o segmento “varejo” está bem explícito no comercial.

A General Motors não deixou passar batido, e também denunciou a Fiat referente à sua campanha de “13 anos de liderança Fiat”. Segundo a montadora americana, a campanha dá a entender que foram treze anos consecutivos de liderança, o que não é verdade. A reclamação foi aceita em unanimidade pelo Conselho de Ética, determinando que a Fiat realizasse mudanças.

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Em seguida, temos como protagonistas da pauta do CONAR um casal queridinho dos brasileiros: Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima. A campanha do Pão de Açúcar, estrelada pelo ator, foi alvo de inúmeras denúncias de consumidores que não gostaram dos elogios de “super saudável” a um carrinho de compras repleto de verduras e produtos sem lactose ou glúten, alegando, inclusive, haver estímulo à compra de produtos mais caros e que nem todos têm restrições a lactose e glúten. O caso foi arquivado por unanimidade.

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Porém no caso de sua esposa, o resultado não foi favorável. A apresentadora estrelou recentemente um comercial do iogurte Activia, onde dizia que 70% das mulheres com intestino fora do ritmo não têm a menor vontade de transar. Até aí nenhum problema, já que os dados foram baseados em estudos. No entanto, a reclamação partiu de pais insatisfeitos, uma vez que a propaganda foi veiculada no intervalo comercial do programa Chaves. O órgão, que declarou a campanha “não ofensiva, verdadeira e baseada em um estudo”, decidiu que ela não poderá mais ser exibida em programas identificados com o público infantil.

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Por último, porém não menos importante, temos a Magazine Luiza como alvo de denúncias. A promoção “Esse condomínio é meu” à primeira vista prometia premiar os vencedores com um condomínio de casas. Mas, segundo os consumidores, a história não é bem assim. Conforme alegações, o prêmio na verdade é de 1 milhão de reais em barras de ouro, valor insuficiente para construir cinco casas, como representa o comercial.

A marca, em sua defesa, disse que se baseou nos preços do Minha Casa Minha Vida para calcular o número de casas que usou na propaganda. Afirmou também que as informações estavam todas ali, no lettering (que, diga-se de passagem, além de minúsculo só durava três segundos), e que a intenção era apenas sugerir um destino para o prêmio àqueles que ganhassem. O Conselho de Ética determinou, por unanimidade, que os anúncios sejam alterados para que a sugestão fique clara.

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Qualquer pessoa pode entrar no site do CONAR e acompanhar tudo que se passa no Conselho, assim como fazer reclamações no caso de se sentir lesado por algum tipo de publicidade. Vale a dica a todos para conhecerem mais as leis que autorregulam esse mercado tão influente na economia, e saber como exercer seus direitos.

 

Por Natália Ramos