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Cobertura

Wave Festival 2014

O Vitamina marcou presença no Wave Festival 2014, confira a matéria produzida pelo nosso vitaminado Vinícius Amantéa!

 

wave festival 2014

 

Painel I

Como uma marca de abrangência global se prepara para um evento como a copa do mundo?   – 15h às 15h45

 

O Wave Festival 2014 começou e o painel I trouxe Ricardo Fort, vp sênior de patrocínios globais da Visa, para contar um pouco dos detalhes sobre as ações da empresa no grande evento aqui no Brasil.

A questão discutida foi: como uma marca de abrangência global se prepara para um evento como a copa do mundo? Ricardo Fort nos contou sobre as ações produzidas no seminário que abriu o evento, nesta terça (15). A Visa é uma das patrocinadoras globais do evento, e, portanto, atua através de ações de marketing e a execução da copa do mundo. Fort também explicou o marketing destacou as ações da marca com foco na Copa do Mundo. E o planejamento foi dividio em três partes: 40% das ações são voltadas para clientes (bancos, grandes atacadistas e varejistas); 30% para trabalhos regionais, que envolvem muitas promoções, e os outros 30% em ações globais voltadas para o branding.

 

Além das ações previstas, Ricardo Fort falou sobre os problemas enfrentados pelo Brasil para a realização da copa do mundo. Por conta do envolvimento da empresa com o evento, o setor de infraestrutura é de extrema importância para a viabilidade das ações. Vale lembrar que a Visa irá fornecer diversos serviços de transação financeira que envolvam o evento. E finalizando com otimismo, o vp sênior da Visa lembrou que os problemas do Brasil não vão desaparecer, mas acredita que a copa do mundo será um sucesso.

 

Apresentação Bandeirantes: Grupo Multimídia de Comunicação – 15h45 às 15h55

 

Logo após, Daruiz Paranhos, Diretor Geral da Band Rio apresentou a programação do canal para 2014. Pontuou rapidamente sobre as inovações do canal e a cobertura da copa do mundo.

 

Marcas & Entretenimento: um casamento por interesse – 15h55 às 16h05

 

As marcas e o entretenimento casaram e estão em lua de mel constante. Edu Tibiriça, Sócio e Gestor da BossaNovaFilms, nos contou um pouco sobre essa relação, que ficou mais interessante. O entretenimento caminha de mãos dadas com a publicidade, e a arte de contar história vem invadindo os grandes eventos em todo o mundo. Diante este panorama, as marcas entenderam como o storytelling pode fazer parte de grandes campanhas, e como elas podem contribuir para a construção de marca. Elemento este fundamental que transcende plataformas, através de um planejamento bem elaborado e baseado em uma comunicação integrada sólida. Segundo Edu, esta estratégia vai muito além do merchandising, e apresentou como exemplo o case do Rio Eu Te Amo, projeto produzido pela BossaNovaFilms.

 

Painel II:

Muito Além da Propaganda – 16h30 às 17h15

No painel II, o evento reuniu 3 grandes escritoras, que já passaram pela redação publicitária, e que hoje contaram um pouco de suas histórias no mercado e sobre seus projetos.

 

wave festival 2014

 

Adriana Falcão, que também é roteirista, contou como foi seu início na publicidade, em uma agência de Recife. Com formação em arquitetura, ela imaginou que sua contribuição para publicidade seria na direção de arte, mas seu talento com as letras denunciou como seria sua carreira no mercado.

 

A gaúcha Martha Medeiros lembrou que a publicidade transformou sua formação de escritora, pelo fato da exigência do mercado em produzir o melhor. Ela buscava sempre os melhores títulos, os melhores textos, e a procura demandava horas de trabalho, atravessando madrugadas. A escritora demonstrou seu talento por 13 anos no mercado publicitário. E quando então diretora de criação, repensou sua trajetória profissional e decidiu percorrer outros caminhos. Seu início em crônicas e textos para os jornais foi circunstancial, lembra Martha, um amigo lembrou de seus textos, que eram escritos para a própria, e publicou. O sucesso foi tão grande que os pedidos para novos textos chegavam com mais frequência dia após dia.

 

A outra gaúcha que contribuiu para o bate papo foi a talentosa Claudia Tajes. A também roteirista conviveu em meio ao ambiente criativo através das letras em suas redações publicitárias. Entretanto, não abandonou seus textos que tinha como leitora a própria escritora. Claudia lembrou como trabalhava com prazos curtos e, por conta desta dinâmica, hoje, aliviada, diz que a liberdade para escrever é essencial para o fluxo criativo. Além disso, pontuou como o sentimento de rejeição na publicidade promoveu seu crescimento como escritora e lembrou que todos os seus textos tinham como inspiração a vida.

 

Painel III: “Global Creative Recruiting at Wieden+Kennedy”: o que uma das melhores agências do mundo procura em um criativo hoje?

 

Se você quer trabalhar com grandes marcas como Nike, Chrysler e Coca-Cola, é melhor prestar atenção no que a Melanie Myers, Global Director of creative resources da W+K, nos contou.

 

Os resultados de longos planejamentos e horas de execução fazem parte de um recrutamento muito rigído. A Wieden+Kennedy tem o prazer de buscar a cada instante pessoas criativas apaixonadas pelos seus trabalhos, que sejam inspiradas pela suas visões de mundo e pelas ideias, através da tecnologia e das pessoas. Melanie nos apresentou “quem são os Kennedys”, espalhados em seus escritórios em todo o mundo e suas campanhas. Realmente, a agência procura realizar o extraordinário, com pessoas que possuem obsessão pela cultura pop e pela inovação. Melanie está na agência há 18 anos, e disse que uma das características dos “Kennedys” é usar a voz da marca para mudar o status quo das relações e dos olhares para o mundo. E também pontuou: “Se você quer ser contratado pela agência, comece tentando ser diferente.”

 

Painel IV:

Social salvando a TV.

E para finalizar o primeiro dia de Wave Festival 2014,  Nick Law, CCO global da R/GA, nos trouxe a questão sobre a TV e como as mídias sociais podem fazer um papel importante nos resultados de campanhas integradas.

 

Nick apresentou dados do IAB dos EUA que mostram os investimentos dos anunciantes em internet passaram os valores destinados à TV naquele país (US$ 42,8 bilhões contra US$ 40,1 bilhões, respectivamente, em 2013). Dados estes que apontam a movimentação da verba publicitária cada vez mais em direção ao online. Nick nos lembrou que a internet faz um papel importante nesta mudança, e os smartphones e outros dispositivos estão transformando a maneira de consumir conteúdo. Segundo ele, os jovens de hoje demandam mais interatividade, não gostam de programas de TV e apresentou um aplicativo desenvolvido para skatistas, em parceria com a Nike, para embasar sua afirmativa. O público mudou seus hábitos, e as ações publicitárias devem ser desenvolvidas com base neste novo panorama.

 

Observando este cenário, Law pontuou que, tradicionalmente, a mídia é usada para conectar a marca que quer vender seus produtos às pessoas que querem comprar. Segundo ele, esse é um modelo top-down, e explicou que a mensagem da empresa é direta, de cima para baixo, e foi um mecanismo que funcionou por anos. Atualmente, com as mudanças apresentadas pela revolução digital, observamos um gap entre o processo tradicional e o mundo digital, em que é preciso ouvir o que as pessoas dizem sobre a marca, entendendo como a empresa deve se portar e ouvir o que as pessoas precisam. Esse é um modelo bottom-up, classificou. Logo após, Nick nos lembrou que a publicidade convencional possui grande foco no storytelling. “O que diria a agência diante do cliente que quer se conectar com esse público? Responderia: “você precisa de uma Big Idea’. Entre as agências digitais, seria ‘você precisa de coisas funcionais’. A agência top-down não possui uma dinâmica para inovação. A do modelo bottom-up tem muita inovação, o que não é fácil de aplicar”, afirmou. Como resolver essa equação e unir esses dois mundos é o dilema da indústria da comunicação. E o desafio das marcas é entender como transformar o negócio em cultura que deve estar inserida neste novo cenário.