O logotipo é a forma como o nome da marca é representado graficamente, ou seja, é a imagem que tenta passar, em poucos traços e cores, o coração da empresa. Mas, será que para por aí? É correto manter sempre aquele velho logotipo, só por achar que as pessoas estão mais “acostumadas” a ele?
Os fatos atuais dizem que: não! Não é bom manter seu logotipo estagnado enquanto você tenta fazer a empresa crescer. É quase como querer colocar um motor superpotente em um carro velho: ele pode até ser bom por dentro, mas por fora ninguém vê do que ele é capaz.
À medida que as tecnologias foram surgindo, as empresas foram se adaptando. Antes era raro ter alguma empresa na Internet. Hoje, é algo muito comum (e podemos dizer que é algo necessário). E, como essas empresas vão se modernizando, há também a necessidade de que tudo à sua volta se modernize.
É aí que entra a questão do logotipo. Qual é a imagem que as empresas querem passar para seus clientes? Certamente algo do tipo “sou moderna e tenho os melhores produtos/serviços”.
A verdade é que muitas empresas gigantes estão investindo na modernização de seus logotipos exatamente para evitar o desgaste de imagem, e para modernizar a visão que as pessoas têm da empresa. Afinal, de que adianta investir tudo em infra-estrutura e abandonar o logotipo no século passado?
Para se ter uma ideia mais concreta disso, confira abaixo algumas marcas importantes que mudaram de cara recentemente:
O eBay anunciou no mês de setembro a primeira reformulação de seu logotipo desde que a empresa de comércio eletrônico foi fundada, há 17 anos, em 1995.
Segundo um executivo do site, o redesenho reflete o novo foco em compras online convencionais, em vez de leilões e itens colecionáveis.
O novo logotipo mantém o esquema de cores anterior, mas traz as letras organizadas em linha, sem sobreposições.
No mês de agosto foi a vez da Microsoft anunciar a primeira atualização em seu logotipo em 25 anos. O comunicado foi feito por meio do blog oficial da empresa.
Mais leve e clean do que o anterior, o novo logo é formado por um símbolo multicolorido composto por quatro quadrados e o nome da companhia em fonte Segoe.
Segundo escreveu o gerente geral da marca, Jeff Hansen, no post, a ideia é que os quatro quadrados coloridos expressem a diversidade de produtos da Microsoft.
O novo logo já é usado no site da empresa – o 10º site mais visitado do mundo – e em três lojas nos Estados Unidos, além de ser apresentado em comerciais de TV. Durante os próximos meses, será implantado em todas as lojas da marca.
O Senac também renovou sua identidade visual em agosto. O novo logotipo traz um avião de papel estilizado, formado pela união de triângulos.
De acordo com o centro de educação profissional, o novo design está apoiado em uma tendência do mercado de evitar formatos quadrados, que sugerem rigidez e baixa mobilidade.
As mudanças serão gradativas, e as 27 regionais terão até março de 2013 para atualizar o novo símbolo em materiais de comunicação.
Outra que mudou de cara em agosto foi a Domino’s Pizza. Minimalista, o novo logotipo ficou mais estreito e simples, mostrando apenas a peça de dominó que caracteriza a marca em azul e vermelho.
Além de alterar o logo, a rede também está redesenhando suas lojas nos Estados Unidos. Os novos espaços devem permitir que os consumidores vejam as cozinhas e acompanhem o processo de fabricação das pizzas.
Em junho, o Twitter anunciou uma mudança em seu pássaro azul, símbolo da rede social. O novo design foi apresentado em um vídeo, e mostra uma versão simplificada da ave, levemente inclinada para cima.
Doug Bowman, diretor de criação da rede de microblogs, explicou que tanto a letra “T” quanto o nome inteiro do site não devem mais ser usados para representá-lo.
A partir de então, a nova ave azul deve ser o único símbolo universalmente reconhecível do Twitter.
Também em junho, a Coral renovou sua identidade visual reforçando o tom de azul e dando destaque, cores e dinamismo à “onda” que estava presente no logo anterior.
O design pretende passar o conceito de “levar cor para a vida das pessoas” e faz parte do posicionamento da marca, que pertence à multinacional holandesa AkzoNobel, de se aproximar dos consumidores.
As mudanças incluem todas as embalagens e materiais de ponto de venda.
por Flávia Palacio