É, parece que algumas marcas já iniciaram o ano de 2013 com o pé esquerdo. Isso porque várias ações táticas de grandes marcas foram consideradas duvidosas e de mau gosto, tendo repercussão negativa principalmente nas redes sociais, sob comentários afiados dos consumidores. Além disso, o Conar, órgão auto-regulamentador da publicidade brasileira, também já foi acionado para julgar alguns comerciais de conteúdos inapropriados.
Como podemos ver, o ano começou a todo vapor, e o Vitamina elege aqui a lista das 5 piores ações de marketing em 2013, baseado na revista Exame
Kia Motors
No mês de fevereiro, em uma ação de ‘product placement’ na novela global ‘Salve Jorge’, a marca Kia resolveu colocar como protagonista da cena uma das mulheres traficadas da Turquia, a Rosângela, interpretada pela atriz Paloma Bernardi. A cena se tratava de uma simulação de um comercial da montadora e tinha como garota-propaganda uma escrava sexual. Naturalmente, tal ação gerou um buzz negativo para a marca nas redes sociais e livre associação entre a Kia e o consentimento com tráfico internacional de mulheres.
Rede Globo
Em janeiro, um dia após a tragédia do incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria, a empresa pôs no ar uma ação de marketing no twitter da série ‘Pé na Cova’ na qual os internautas deveriam escrever seus nomes em uma lápide virtual. É claro que o anúncio foi retirado às pressas do ar após a ação ser mal recebida pelo público, que criticou a falta de sensibilidade e o momento inapropriado para tal ação.
Devassa
A cervejaria Devassa colocou no ar, em janeiro, sua nova campanha, estrelada pela atriz Alinne Moraes. O conceito da campanha ‘ Tenha sua primeira vez com uma devassa’ foi mal recebido pelo público e será julgado em março no Conar. Isso porque associa o consumo de cerveja à iniciação sexual e estimula um comportamento impróprio para jovens menores de idade, que é o consumo do álcool.
Nike
Uma escolha errada do garoto-propaganda deixou a marca em maus lençóis. Isso porque o corredor Oscar Pitorius, protagonista de um anúncio da Nike no qual continha a frase ‘ Eu sou uma bala no cano do revólver’, foi acusado de matar a própria esposa na África do Sul. A referência entre a velocidade do corredor e a velocidade com que a bala sai do gatilho foi vista como uma piada de mau gosto. A Nike retirou às pressas o anúncio do ar e cancelou o patrocínio do atleta.
Gillete
A campanha da Gillete ‘ Quero ver Raspar’ protagonizada pela apresentadora Sabrina Sato, pelo cantor Psy e pelas atletas gêmeas Bia e Branca Peres não agradou grande parte do público masculino. Tais consumidores consideraram o comercial da marca preconceituoso em relação aos homens peludos, que foram retratados na campanha como ‘nojentos ‘ e ‘primitivos’. O filme está sendo julgado pelo Conar.
Por Larissa Barreto