Hoje a série Gigantes da Publicidade traz um dos maiores nomes da publicidade nacional de todos os tempos: Washington Olivetto. Polêmico e apaixonado pelo Corinthians, ele participou da criação de grandes campanhas que foram além da publicidade e estão, até hoje, no imaginário popular.
Nascido em 1951, Washington Olivetto entrou na publicidade aos 18 anos, como estagiário de uma agência chamada Harding-Gimenez Propaganda. Depois passou pela Lince, onde conquistou o seu primeiro Leão em Cannes, de bronze, com o filme Pingo, feito para a marca de torneiras Deca. Detalhe: este foi o seu primeiro filme para a televisão. Passou também pela Casabranca, até chegar à DPZ, em 1974.
Nesta época, Washington Olivetto conquistou o primeiro Leão de Ouro da publicidade brasileira. Foi com o filme Homem com mais de quarenta anos, que criticava um costume das empresas da época, que anunciavam suas vagas de emprego, colocando um limite de idade aos candidatos. O filme foi inspirado em um uma situação que o próprio pai de Washington, Virso, vivia na época. Recém-formado em direito, ele tinha dificuldade em se recolocar no mercado por conta da idade.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=m7XLAgS7ZTE] No ano de 1986, Olivetto saiu da DPZ para a suíça GGK e, algum tempo depois, juntou-se a Gabriel Zellmeister e Javier Llusá Ciuret para assumir o controle da agência, que passaria a se chamar W/Brasil. A história da agência foi de muito sucesso. Desta época são dois filmes clássicos da publicidade brasileira: Primeiro, do sutiã Valisére e Hitler, para a Folha de São Paulo.
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Ainda na W/Brasil outros comerciais de muita importância para a publicidade brasileira foram feitos. Dentre eles, vale lembrar o “Casal Unibanco” (em todas as suas formações) e o Garoto Bombril, que entrou no Guinness Book como a campanha que mais tempo ficou no ar, com o mesmo personagem sendo interpretado pelo mesmo ator.
Seguindo uma tendência de mercado, em 2010, Olivetto se uniu a McCann, que tornou-se W/McCann, onde hoje ocupa o cargo de Chairman e CCO da McCann WorldGroup América Latina e Caribe.
Sobre o momento atual da publicidade brasileira, Washington disse, em entrevista à revista Playboy: ” “Neste momento, a publicidade está muito parecida com o futebol: tem muito famoso, poucos que fazem gol e muitos que correm para abraçar. (…) Hoje você vê muita coisa que está bem-feita. Mas emociona? Não. É inesquecível? Não. As pessoas saem repetindo na rua? Não.”
Este Gigante da Publicidade também é escritor. Já foram publicadas seis obras de sua autoria: “Corinthias, é preto no branco” (com Nirlando Brandão), “Os piores textos de Washington Olivetto”, “Corinthias X Os outros”, “O primeiro a gente nunca esquece”, “O que a vida me ensinou” e, o mais recente, “Só os patetas jantam mal na Disney”. Outra grande paixão do publicitário é o futebol. Corintiano fanático, seu nome sempre é lembrado entre os célebres torcedores do time alvinegro.
Com todo este talento, Washington Olivetto colocou sua marca na história da publicidade mundial criando personagens e histórias que continuarão servindo de referência para as próximas gerações de publicitários e que sempre serão lembradas como ícones, não só no mercado, mas em toda a sociedade.
Por Marco Antonio Coelho
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