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Casual Dining: receita de sucesso

Você já se deparou com o termo casual dining? É isso mesmo, e ele está em alta no conceito do brasileiro. Provavelmente você e seus amigos já comemoraram um aniversário, almoçaram ou jantaram em um desses restaurantes que estão classificados neste segmento do mercado de restaurantes.

 

A categoria foi criada pelos americanos nos anos 80 como uma opção entre o fast food e a gastronomia mais elaborada – o Gourmet. A partir deste conceito, grandes redes foram tomando força no mercado e caindo no gosto dos americanos. Nomes como Applebee’s, detentora de mais de 2000 restaurantes em 15 países, segundo a revista Exame, difundiram este modus operandi, com grande visão oportunista de especialistas do mercado. Atualmente, no Brasil, este modelo de negócios demonstra grande potencial de crescimento. No caso do nosso país, o fato de milhões de pessoas ascenderem ao consumo desencadeou em grandes mudanças, sob diversos aspectos, em vários segmentos de mercados, e o desafio das empresas é entender qual é a influência desse impacto nos hábitos de consumo, além de acompanhar os passos largos dados pelo avanço da concorrência.

 

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As propostas oferecidas pelo casual dining são pratos decorados, com toques gourmet, sem perder a informalidade no ambiente e no atendimento, além de incluir porções para mais de uma pessoa – o público que mais consome é o típico jovem que frequenta restaurantes em grupo. Fato este muito bem observado e que apresenta uma alternativa de experiência mais sofisticada em relação ao fast food. No entanto, com maior acessibilidade por conta dos preços, relativamente, atrativos.

 

Um case de sucesso no Brasil é a rede americana Outback, com atendimento informal e ambiente bem descontraído, o restaurante chegou ao país em 1997, apostando no modelo de negócios e no crescimento do consumo por aqui. Segundo a empresa de pesquisa Euromonitor, hoje o Outback, com 51 unidades espalhadas no Brasil, é a marca de restaurante mais popular no país. E o fôlego de crescimento, para este segmento, carrega números bastante expressivos. A partir de 2010, o setor teve aumento de 20% por ano no Brasil, e as projeções apontam crescimentos em torno de 25% ao ano, com faturamento de 5 bilhões de reais, segundo levantamento da consultoria especializada em varejo GS&MD. Outro dado positivo para o setor aponta que 1/3 das despesas do brasileiro com alimentação vai para os restaurantes, segundo dados da GS&MD.

 

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Uma das vantagens competitivas do casual dining é a capacidade de ampliar o seu target. Atendendo a demandas cada vez mais complexas e heterogêneas – cenário de um mundo das torrentes de informação -, o segmento possui um dinamismo para captar tendências de consumo cada vez mais efêmeras, fato este primordial para o sucesso da receita do casual. Por outro lado, a fórmula do sucesso, que apresenta resultados surpreendentes, costuma esbarrar na capacidade de atendimento. Restaurantes como o Outback e a rede curitibana Madero possuem filas de esperas que chegam a 2 horas, ônus do crescimento acelerado. Mesmo diante este cenário, os clientes demonstram satisfação pelo serviço oferecido. Agora o desafio é elaborar planos para este crescimento avassalador e manter a qualidade no atendimento, pois a expansão do modelo é inevitável.
Parece que a mistura do casual com o sofisticado, adicionando a eficiência no atendimento, é a receita que caiu no gosto do brasileiro. Vamos aguardar esta expansão com água na boca.

 

Madero

 

 

Por Vinícius Amantéa