Uma das maiores empresas de comunicação mundial. Um ícone de uma época. Uma crise bilionária. E uma redenção. Esse pode ser um breve resumo da Motorola, notória por produzir smartphones e tablets de alta qualidade. Nesse post do Vitamina veremos o início de uma empresa do início do século passado, até os dias atuais, analisando suas estratégias publicitárias mais marcantes.
Começando pelo nome. Você sabia que a palavra MOTOROLA é a junção de “motor” com “ola”? Como primeiro sucesso comercial, a empresa criou um rádio para carros, em 1930. Por isso seu nome deriva do “motor” de automóvel com “ola” de som, uma referência à vitrola, por exemplo. A empresa, que fora fundada dois anos antes pelos irmãos Paul e Joseph Galvin, sempre foram atreladas ao rádio, com grande inovações, desde ajuda à polícia, quanto nos fronts de batalha na Segunda Guerra.
Durante a década de 60, expandiu seus investimentos para televisões com a Quasar, e, mais tarde, na telefonia móvel, os primeiros celulares. A primeira televisão colorida de tubo também é uma das inovações da empresa de Chicago. Além disso, o primeiro pager, aparelho muito comum na década de 90 de mensagens, foi produzida pela Motorola.
Somente na década de 1980, e após US$ 100 milhões em pesquisas, finalmente a empresa lança comercialmente o primeiro celular: o DynaTAC. O aparelho que já havia sido apresentado e demonstrado em 1973, somente conseguiu sua aprovação 10 anos depois. Pesando mais que uma bola de basquete, o produto foi uma novidade na época e abriu as portas para esse novo mercado.
Estabilizada como uma das maiores empresas do mundo, a Motorola detinha quase o monopólio da telefonia móvel no mundo. Como não lembrar do icônico StarTAC, sonho de consumo da sociedade brasileira na década de noventa? O celular mais leve do mundo foi um dos maiores sucessos da empresa e é lembrado até hoje pelos saudosistas.
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Ainda nos anos 90, a Motorola foi fundamental para a introdução do sistema HDTV, que chegou ao Brasil há apenas alguns anos.
Finalmente, no novo milênio, a Motorola viveu uma das melhores fases da sua história. Lançado em 2004, o celular que viria a se tornar o ícone de uma época. O RAZR V3. O, até então, celular mais fino do mundo é ainda um dos maiores sucessos de todos os tempos, com incríveis 130 milhões de unidades vendidas. O celular, que era mais conhecido pelo seu design do que pela sua capacidade de bateria, foi sinônimo de estilo e elegância.
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Contudo, a empresa sofreu diversos problemas econômicos no final da década, viu o apogeu e a consolidação da Apple e Samsung no mercado de smartphones e a empresa ainda foi dividida em duas. Com uma dívida de cerca 4,3 bilhões de dólares, foi inevitável a separação em Motorola Mobility, a parte da empresa que ficou com a produção dos celulares e Motorola Sulutions, empresa de soluções de alta tecnologia, ligada à governos, corporações etc.
Finalmente em 2012 a empresa foi comprada pela Google e conseguiu respirar em meio ao caos. A Gigante do Silício que apenas queria as 17 mil patentes foi importante para a reestruturação da empresa. A sua popular linha RAZR voltou a figurar entre os mais vendidos. Uma campanha não-oficial disponibilizada no site Behance (http://www.cemporcentodesign.blog.br/2013/06/motorola-rebrand.html) mostra a nova fase da empresa de uma maneira bem verossímil.
Atualmente a empresa está em um processo de compra com a Lenovo, empresa chinesa de eletrônicos. Seus mais recentes celulares, o Moto G e Moto X são sucesso de vendas e estão devolvendo a “dignidade” perdida nos últimos anos. Depois de entrar no olho do furacão e quase fechar as portas, finalmente a Motorola está vivendo um período de águas calmas. Se vai conseguir brigar de igual para igual com os líderes de mercado, só o tempo pode dizer. Entretanto, não pode-se questionar a capacidade de inovação da empresa. Estaremos de olho.
As mais recentes campanhas da Motorola:
Moto G
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Moto X
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Por Bernardo Muniz