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Comunicação

Chega de historinhas. Nós queremos ação!

O storytelling, que já foi abordado por aqui no blog (https://www.vitaminauff.com.br.br/historia-que-marca/) , é uma importante ferramenta para a construção da comunicação de uma empresa, e que já está fazendo sucesso há algum tempo. Já deixamos de lado a era dos comerciais enlatados que bombardeavam nossas mentes. A marca hoje está mais preocupada em cativar o público, e o storytelling tem sido uma bom caminho.

 

Mas e quando não há nada para contar? Invente uma história?

 

Todo risco tem um preço. Não saber contar uma estória, ou pior, fantasiar histórias sobre a alma da marca, podem influenciar negativamente o público. Vide o caso “Diletto”. O vovô italiano que fazia sorvetes artesanais, era na verdade, uma farsa. O marketing foi tão negativo que os próprios criativos vieram a público para se retratarem. Outro caso, que também está sob investigação do Conar, é a “Do Bem”, que em suas propagandas dizia que suas frutas eram provenientes de produtores locais, enquanto comprava grandes remessas de laranja de gigantes do agronegócio.

 

Storytelling

Storytelling: Você está fazendo isso errado

 

Por talvez medo de cair em uma falácia e por um público mais exigente, os anunciantes estão tentando um outro tipo de “contação de histórias”: o Storydoing. Do inglês, storydoing quer dizer fazer uma história por meio de ações. A “era do relacionamento” já se instaurou na publicidade. As pessoas não querem mais ouvir historinhas de vovô italiano, ou de agricultores sustentáveis. Elas querem ver o que a marca tem a oferecer, o que ela faz, quer interagir com ela. As empresas que já sacaram essa nova tendência estão na frente dos concorrentes. Segundo dados do site storydoing.com, as propagandas baseadas em storydoing estão suplantando as demais.

 

Aqui no Brasil ainda estamos começando a entender esse novo jeito de anunciar. O comercial da Skol “Aperte o ON”, que foi lançado ainda no final do ano passado, mostra um jovem que aperta um botão de um bar e vai curtir uma noite incrível. Dividido em quatro comercias, o filme mostra o sujeito dançando com Deborah Secco em um elevador, “lutando” com Mike Tyson, pulando de paraquedas e, por fim, aterrisando numa festa em um iate. Muito parecida, entretanto, com a americana Bud Light que anunciou durante o Super Bowl, em fevereiro do ano passado.

 

storydoing

 

Outra campanha que está no ar e mostra um pouco dessa nova filosofia é a da Hellmann’s “Vamos Plantar” onde a plantação de tomates se sente em um verdadeiro Reality Show. Câmeras mostram o dia a dia da colheita – algumas inclusive instaladas nas cabeças dos fazendeiros – do nascer ao por do sol. O internauta ainda pode trocar as músicas que os tomates estão ouvindo através do Spotify. Tudo isso para o consumidor se sentir cada vez mais incluído com a identidade da empresa.

 

Por Bernardo Muniz