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Vai e vem do mercado publicitário

Instabilidade é a palavra mais recorrente na mídia neste início de ano. Seja na política, economia ou socialmente, o Brasil sofre com o medo do futuro. No mercado publicitário nada muda. Agências saem no tapa criativo por contas, clientes chatos são valorizados e ninguém pode se considerar dono absoluto de um espaço.

 

NBS que o diga. Dona da campanha mais memorável de 2014, a agência se viu numa concorrência pela OLX, empresa que se fundiu com Bomnegócio.com para reinar soberana na categoria. Resultado? Foi substituída pela Ogilvy e demitiu 40 funcionários. Eta mainha!

 

Por falar na empresa do David, parece que eles têm lido bastante as confissões do seu fundador. Só nestes três meses foram mais quatro conquistas: joalheria Tiffany & Co, companhia aérea KLM, estúdio Paramount Pictures e a renovação dos Jogos Olímpicos Rio 2016.

 

 

 

Engraçado como o mundo dá voltas. O mercado do Rio, que foi surpreendido com o encerramento da operação da F/Nazca, se reergueu no cenário brasileiro. Com a benção do Cristo Redentor em pleno 450 anos da cidade maravilhosa, as agências cariocas ganham cada vez mais autonomia e investimentos: a recém-chegada Borghi/Lowe viu sua equipe crescer de 30 para 60 pessoas; Publicis aproveitou o sucesso de Bruna Marquezine e Tatá Werneck para emplacar boas campanhas; a FCB pegou a Petrobras com a missão de “superar desafios”; e a Africa absorveu a DM9Rio, agência comandada por Polika Teixeira e Álvaro Rodrigues.

 

Sem dúvidas, ganhar e perder clientes são os momentos mais estressantes desse negócio. Em Mad Men, era preciso apenas algumas doses de whisky para ostentar mais uma corporação na cartela de clientes. Nos dias atuais, atirar em contas públicas pode ser suicídio, concorrências privadas são cercadas de mistério, as prospecções envolvem mais expectativa do que respostas, e bom relacionamento já não é sinônimo de fidelidade.

Enfim, salve-se quem puder!

 

Mateus Queiroz