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ComunicaçãoPublicidadeVariedades

Compro mais tempo. Ou vendo o pouco que me resta.

Sempre estamos atrasados. Devemos algo para alguém, fazemos algo por fulano, compromisso com o ciclano. São mil tarefas que tornam nosso dia cada vez menor e mais estressante. Escolher – ou ser escolhido – pela publicidade elevou a eterna dívida para um nível a mais. Agora temos a obrigação de sermos gênios a cada job, num prazo pequeno e sob uma pressão infinita. Ah, e felizes também.

Reclamamos, mas continuamos a vivenciar esta rotina semana após semana. Até que um dia parei e li sobre um banco de Santa Maria da Feira, em Portugal, que resolveu colocar na prática a expressão: tempo é dinheiro. Os voluntários não negociam moedas e cédulas, mas trocam as horas do seu serviço por outros.

Exemplificando: um professor de matemática dá aulas de reforço para crianças. Após uma hora, ele tem direito a uma hora de um serviço qualquer que ele precise. Por exemplo, um corte de cabelo.

Achei genial. Ou melhor, justo.

Uma maneira de praticar o espírito colaborativo e exercitar aquilo que melhor sabemos fazer. Chegamos em um ponto que essas pequenas ações são fundamentais para retornar ao estilo de cooperação mútua dos nossos antepassados. Digo, os índios.

Acredito que o interesse pelo crédito de horas é o fator menos impulsionador do projeto. O que mais motiva é o prazer de sentir que você está fazendo algo realmente relevante para alguém. Não por dinheiro, leões em Cannes ou tapa nas costas, e sim porque simplesmente seu trabalho é importante – e útil – na sociedade.

Se você curtiu a ideia, apresentamos algumas plataformas interessantes no Brasil:

Até a próxima!

 

Por: Mateus Queiroz